quinta-feira, 8 de março de 2012

Quadrigêmeos estão na moda!

Bom dia, pessoas!

Ontem à noite meu caseiro me telefonou dizendo que uma das ovelhas que haviam apresentado hipocalcemia tinha parido (eu peço para ele me avisar sobre qualquer novidade de animais com potencial de dar pepino...). QUATRO. Isso mesmo. Pela segunda vez nessa estação de parições, uma ovelha da à luz quatro cordeirinhos.

A anterior havia parido quatro fêmeas, sendo uma morta e uma que não sobreviveu. Esta de ontem, que já havia parido trigêmeos na estação passada, teve duas fêmeas e dois machos. Todos vivos e muito bem, obrigada. Pequenininhos, claro, mas muito espertos e ativos. Acredito que têm tudo para sobreviver muito bem.

Seguem fotos das crianças e suas mamães, tiradas hoje... Desculpem a (falta de) qualidade, mas hoje as meninas não queriam colaborar... rs

Essa foi a primeira a parir quadrigêmeos. Eram 4 fêmeas, mas só sobreviveram duas.


Turminha nascida ontem à noite... A cara da mãe... rs

Essa é a mamãe orgulhosa, que já havia parido trigêmeos na estação passada.


 Beijos!

Camila

terça-feira, 6 de março de 2012

Contando cordeirinhos! De novo!

Como eu contei no post anterior, recomeçaram os nascimentos! Apesar dos pepinos pontuais que eu citei, as crianças vão indo muito bem, e eu já tenho alguns favoritinhos desta estação... =)

Este é o penúltimo nascimento dos nossos dois carneiros White Dorper (eles começaram a cobrir as filhas), e o primeiro do nosso Dorper novo. Os dois White produzem muito bem, quem comprá-los certamente vai ficar feliz! E o "Apocalipse", vulgo Popô (quer acabar com a dignidade de um carneiro? Pode contar comigo... rs), não podia negar a genética. Pra quem acompanha o mundo da elite do Dorper, ele é filho do Dorper Campo Verde 038, o Karoo, Grande Campeão Nacional da raça Dorper em 2009.

Chega de falatório, e vamos às fotos das crianças! Até o momento nasceram 18 cordeiros, mas eu selecionei algumas fotos...

Ovelha filha do Dorper Campo Verde 187 (vulgo "Divino"!) parida de um filho do DCV 2012 (Dorper).

Ovelha filha do DCV 187 (Dorper) parida do DCV 625 (White).

Criançada explorando o mundo...

Ovelha parida do DCV 729 (White).

Outra ovelha parida do DCV 729 (White).
Mais uma filhota do DCV 2012 (Dorper).

Vocês já sabem, eu ADORO ver os cordeirinhos novos. Passo a maior ansiedade do mundo durante a estação de nascimentos, mas é muito gostoso ver os produtinhos do nosso esforço, cada vez mais bonitos e fortes... =)

Abraço!

Camila

Estação de nascimentos... e de problemas.

Olá, pessoas!

Semana passada começou mais uma estação de nascimentos (impressionante como o tempo passa rápido, né?), e também mais uma estação de monta.

Desta vez dão 67 ovelhas para parir, e 75 em monta. Nascem agora os primeiros filhos do nosso novo carneiro novo, o Dorper Campo Verde 2012, para saciar um pouco da minha curiosidade.

Mas dessa vez a coisa está meio tensa, e já perdemos duas ovelhas no periparto. Uma morreu após parir um cordeiro morto, e não descobri a causa (embora tenha suspeitas). A outra morreu antes de parir, e descobri que estava intoxicada com alguma coisa... Ótimo, não? Os sintomas foram mucosas dos olhos e gengivas muito vermelhas. E só.

Depois dessa eu fiquei bem esperta, e peguei bem no início o sitoma em uma outra ovelha prenha, ontem mesmo. Seguindo o conselho dos meus amigos veterinários de plantão, enchi a moça de Mercepton (45 ml) e dei uma dose de B-12. Aparentemente funcionou, pois hoje ela está viva e melhorzinha. Vou continuar com o Mercepton mais alguns dias, e torcer para dar certo...
A dúvida que não quer calar é: que diabos intoxicou essas ovelhas??? Não sei. Mas pretendo descobrir. Inclusive, se alguém aí tiver alguma idéia, manifeste-se nos comentários! Vamos trocar idéias! =)

Outro problema que tivemos foi um surto de hipocalcemia... Foram 5 ovelhas até agora, mas acho que já descobri e solucionei o problema. Eu substituí metae do capim delas pela polpa úmida de citrus, o que parece que reduziu a ingestão de cálcio, mesmo com sal mineral à vontade.
Essas foram fáceis de resolver, já que o tal do ValéeCalcio é uma coisa que não pode faltar por aqui... Eu não sou veterinária, portanto não posso "recomendar" ou deixar de recomendar nada... Só posso dizer o que eu faço com as minhas ovelhas, que são as únicas com quem eu me atrevo a dar palpite em remédio. Aliás, acho que toda criação precisa de um veterinário de confiança, como eu tenho. O problema é que ele é uma criatura super requisitada em mil lugares, então às vezes tenho que me virar sozinha.

Para essas ovelhas hipocalcêmicas (é assim que se fala?) eu dou o valéecálcio normalmente via subcutânea, e um pouco endovenoso caso a mocinha esteja muito mal. Já me disseram que a aplicação subcutânea deveria ser diluída em soro fisiológico, para reduzir o risco de necrose da pele. E a aplicação endovenosa precisa ser muito lenta, para não matar a ovelha do coração (o cálcio influi diretamente na contração muscular, inclusive do coração). Eu opto por dar 40-60 ml subcutâneo, ou substituir uns 10 ml dessa via por endovenosa. Até hoje, sempre funcionou bem.

Uma das ovelhas que apresentou o problema, cujos sinais são dificuldade em levantar, andar com dificuldade, tremores e afins, pariu 4 (isso mesmo, QUATRO) fêmeas enormes, com 3-3,5 kg cada. Então é compreensível que ela tenha tido deficiências minerais... rs As outras ainda não pariram, e estou ansiosa, esperando mais múltiplos aí.

Abaixo vai a foto de uma das ovelhas que apresentou hipocalcemia, e se recuperou bem.



Um beijo.

Camila

Ok, ok... Sumi de novo...

Bom dia!

Não, o blog não morreu... Nem eu... Nem desisti desse treco aqui... rs

Desculpem a ausência de mais de um mês, mas andou tudo corrido aqui. Como vocês já sabem eu estou cursando o doutorado (com custos de produção de cordeiros, a propósito!;-)), e estas últimas semanas eu tive que arrumar minha tese e fazer entrevistas com produtores, pois tenho meu exame de qualificação muito em breve (dia 28 de março, pra ser mais exata). Nesse período eu tive o prazer de ir a Bauru e a Piracicaba para reuniões com os núcleos de criadores dessas regiões, que se prontificaram a participar do projeto, passando informações importantes sobre as características da ovinocultura em suas regiões.

Estou também correndo com três apresentações que estou montando: uma para a qualificação, uma para uma palestra na reunião da câmara setoria durante a Feinco e outra para um curso durante o Simpropira (visitem o site! a programação está bacana!). Ou seja, estou me sentindo a última coca-cola do deserto! hahahaha Brincadeira... Adoro essas coisas.

Então, queridos, tenham paciência comigo e não desistam do blog, ok? =)

Beijos!

Camila

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Época de manicure

Bom dia, pessoas!

Semana passada começamos a casquear o rebanho. Na verdade este é um manejo que não tem data muito certa para nós: normalmente fazemos à medida que as ovelhas vão parindo, e casqueamos as borregas quando elas têm cerca de 5-7 meses. A época agora é bem propícia para o manejo, devido às chuvas e à umidade constante à qual os cascos ficam expostos.

Os carneiros precisam de casqueamento mais frequente, pois ficam confinados quando não estão em estação de monta, e seus cascos crescem muito rápido. Aliás, quem tem Dorper e White sabe como os cascos deles crescem rápido! Costumamos aparar os cascos deles a cada 2-3 meses, de acordo com a necessidade, e sempre repassamos antes do início da estação de monta. Afinal, eles precisam acompanhar as ovelhas nos piquetes, e é um pouco demais exigir isso deles se sentirem desconforto para caminhar...

Uma coisa que aprendemos é que, quando se tem limitação de tempo de funcionários, o melhor é não concentrar o casqueamento do rebanho todo em apenas alguns dias. É um manejo que acaba tomando bastante tempo, e muitas vezes acaba com a paciência do casqueador... Sério, tentem casquear 20-30, ou mais ovelhas em um só dia. Parece que elas vão ficando cada vez com menos vontade de cooperar. Por isso, e porque casqueamento mal feito pode machucar o animal e deixar passar problemas desapercebidos, é melhor fazer aos poucos.

Por exemplo, começamos pelas fêmeas que estamos secando. Casqueei 15 há 3 dias, e hoje mais 13. Em mais duas manhãs devem estar todas ok. As ovelhas gestantes também estão precisando de atenção, mas não gosto de agitar fêmeas no final da prenhez. Pancadas na barriga podem aumentar a possibilidade de natimortos, e o estresse do manejo também pode ter consequências ruins, como a antecipação de partos. Como felizmente não temos problemas de foot-rot, vamos esperar essas fêmeas parirem. No momento em que as pegarmos para verificar úbere e curar o umbigo dos cordeiros, aproveitamos para aparar os cascos e passar idodo 10% ou Formoped em quem precisar.

Também é importante dizer que aqui não fazemos pedilúvio, pois realmente não temos necessidade. Quando algum animal aparece mancando normalmente é por algum início de broca (aquele buraquinho preto que se forma no casco junto à linha branca da muralha). Nestes casos, basta aparar e limpar a área afetada. As bactérias que causam esse problema são anaeróbias, então a ventilação costuma ser suficente. Aplicamos também, como citei, iodo 10% (o mesmo de curar umbigo de cordeiro) ou Formoped, um spray comercial com formol que funciona muito bem.

Mas é importante compreender que o mais importante no casqueamento é o manejo PREVENTIVO. Não espere o rebanho começar a mancar para casquear. Manter os cascos dos animais em ordem é muito mais barato e dá muito menos trabalho que esperar o problema se agravar. Além disso, problemas de cascos estão entre os top 5 aspectos mais prejudiciais ao bem estar dos ovinos, pois além de causarem dor e desconforto, prejudicam a capacidade de caminhar e, no caso de animais a pasto, de se alimentar.

Então pegue logo sua tesoura ou canivete, e mãos à obra!

domingo, 29 de janeiro de 2012

Piquetes novos! Quase!

Gente, novidade boa pra contar!

Finalmente a nossa segunda linha de piquetes está ficando pronta! Acho que semana que vem ela já poderá ser estreada, pelo lote de ovelhas desmamadas. =)




São seis piquetes ligados por um corredor. Mantivemos a tela campestre no perímetro do rotacionado, mas desta ves fizemos as subdivisões com cerca paraguaia de 6 fios de arame liso.

Ainda falta colocar os balancins (dois entre cada mourão... ovelhas parecem bagre ensaboado quando querem varar cerca... rs) e as porteiras, mas já está quase, quase.

Fizemos porteiras largass entre os piquetes, para facilitar o manejo de adubações. Assim o trator ou o caminhão não precisam manobrar muito, e nem é necessário desmontar cercas.

Em seguida plantaremos árvores em cada piquete, algo que eu já gostaria de ter feito há dois anos, mas que nunca dá certo por algum motivo... Deste verão não passa.

Posto fotos novas assim que as primeiras meninas botarem os pezinhos lá! =)

Beijocas!

Contando cordeirinhos... para abate!

Pessoas!

Eu comentei aqui mais de uma vez que os cordeiros desse último lote de nascimentos foram os melhores que já criamos até hoje. Pois é, eles são mesmo... rs

Começamos o desmame há alguns dias, lembrando que há uma diferença de 45 dias entre os mais velhos e os mais novos, devido à duração da estação de monta. Os mais velhos completaram ontem 4 meses de idade, e já vendemos alguns. Eles estão com 34-40 kg de peso vivo, com escore corporal ótimo, e prontos para abate. Lindos.

Eu realmente atribuo a homogeneidade do lote à infusão de White Dorper. Mesmo em cruzamento com Santa Inês e com fêmeas de diferentes níveis de sangue Dorper, os cordeiros estão super semelhantes.

Sempre tem um monstrinho... rs Esse é absurdamente comprido! De longe, o mais pesado do lote...

Visão geral do lote.


As cordeiras são um caso à parte, já que já ficou bem claro por aqui que borregas são as minhas favoritas... rs Elas estão maravilhosas, e certamente serão ótimas mães aqui no sítio. Estrutura ótima, fortes, bem constituídas, largas, profundas e L-I-N-D-A-S.

As meninas...
Eu sou louca por essas duas... a branca e marrom é uma coisa que dá vontade de agarrar e não largar mais... kkk (#aLoka)

Realmente recomendo o cruzamento entre as raças Dorper e White Dorper, e não canso de dizer como a qualidade dos carneiros é importante mesmo em rebanhos comerciais, principalmente pra quem está formando rebanho, produzindo as futuras matrizes. Nossos meninões estão dando show, assim como o carneiro que nosso amigo Kiko nos emprestou na última estação.

Um beijo,

Camila